quinta-feira, 31 de julho de 2008

Não consigo ser tão simpático quanto acham que eu deveria.
Eu nem penso muito nessa infidelidade simpática que existe por aí...e mesmo quando uso essa palavra derivada de uma outra(infiel), me sinto enjoado, como se meu organismo estivesse gravando algo novo em mim... Se estiver tranquilo, nem noto sua existência e volto a ser tão antipático como acho que devo ser.
É, definitivamente tenho portado coisas cada vez mais novas e intrigantes, e a meu ver desconexas e gritantes. Poderiam dizer que o 'antipático' usado comigo é simplesmente uma metáfora, quando, na verdade, falam mais da minha sanidade.
Mas será que tantas coisas novas são feitas para serem fincadas e acreditadas? Se paro pra pensar, penso com antipatia e ainda assim, quando ajo, as analiso de um panorama o mais simpático possível que posso alcançar com toda minha imperfeição de observação alheia e auto-crítica. E quando descubro, no 'final' que a antipatia venceu, descubro que, realmente, não consigo ser tão simpático quanto acham que deveria.


Texto por Dante Lopes.
Post por Lysia Brasileiro.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Caixa (in)findável.

Há dias que não guardo muitas memórias em minhas caixinhas 'palpáveis'. Estive observando e as guardando onde posso escrever sem usar lápis,papel ou um teclado. Todas essas passagens têm me parecido com uma projeção de um filme, onde vejo os frames transcorrerem a tela e serem repassados à minha retina, que por sua vez, transforma tais sinais luminosos em estímulos e informações que são mandados ao meu principal componente: 12 milhões de células nervosas que trasmitem 'recados' a até 320km/h e que consomem 25% do oxigênio que respiramos.
Interessante como ele é importante em tudo o que fazemos.

O fato é que o meu leu um 'recado', interpretou-o como uma memória e a escreveu em mim de forma assustadora. Ele me disse que um amigo seu estava 'um pouco doente' e que teríamos de receber, nos próximos dias, 'recados' um pouco mais preocupantes que os que estávamos acostumados a escrever.

Desde então, ele tem trabalhado num frenesi inconstante e periódico; de uma forma bastante confusa às minhas partes 'analfabetas'.
Desse modo, tenho estado feliz e triste, otimista e triste, realista e triste.

É com essa memória, escrita numa caixinha 'palpável', que deposito minhas esperanças de que daqui a alguns dias eu possa receber um 'recado' escrito de forma emocionante, trasmitido por um impulso de alegria pelo semelhante daquele 'um pouco doente'.

Quando este 'recado' me for imposto, terei escrito uma gama infinita de 'recados' em forma de memórias que me transformarão
numa caixinha com fundos e sem fundo.


Texto por Dante Lopes.
Post por Lysia Brasileiro.